rumo à Antártica

Vencedoras do concurso "O Brasil na Antártica" relatam suas experiências na viagem rumo à Antártica.

personagens (2): Rodrigo, Haynee e Lúcio

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Tenente Rodrigo

Todos com cara de sono na saída do CEFAN em direção ao aeoporto na manhã do último dia da jornada.

Todos com cara de sono na saída do CEFAN em direção ao aeroporto na manhã do último dia da jornada.

O Primeiro-Tenente Rodrigo de Almeida Rosa nos acompanhou em todas as instâncias da viagem à Antártica, desde a divulgação do resultado do concurso por meio de e-mails formais da Secirm, até o gelado teleférico de Punta Arenas, passando por uma visita nublada ao Cristo Redentor. Seu bom humor é contagiante e acho que nunca vamos esquecer aquela risada gostosa que se amplia até os ombros.

Nos contou durante a viagem que foi o redator do regulamento do concurso “O Brasil na Antártica” e também que participou da comissão julgadora que selecionou os vídeos vencedores.

Sempre disposto a nos esclarecer sobre o funcionamento da Marinha e das organizações militares em geral, ainda nos ensinou um pouco do linguajar típico que usam. Alguns exemplos do que aprendemos: 1- “safo” = tranquilo, resolvido, esperto. Ex.: “não se preocupe com isso, tá safo.”; “ele é safo”. 2- “faina” = trabalho, obrigação. Ex.: “tô aqui com essa faina para resolver”; “a faina de hoje é dura”. 3- “bizu” = dica. Ex.: “qual o bizu para se safar dessa faina?”.

 

Comandante Haynee

Comandante Haynee ajudando a Tamara a vestir o mustang no primeiro dia do trienamento pré-antártico.

Comandante Haynee ajudando a Tamara a vestir o mustang durante treinamento pré-antártico.

A Comandante Haynee foi das poucas mulheres na Marinha do Brasil que tivemos chance de conhecer. Muito simpática, já iniciou conversa logo no ônibus que nos levou do Rio de Janeiro à Itacuruçá, de onde embarcamos para a Marambaia. Nos acompanhou durante todo o treinamento pré-antártico por lá, durante o qual palestrou sobre o funcionamento das estações de apoio antártico (Esantar) – vide post anterior.

Ser mulher na Marinha não deve ser fácil. As missões por vezes são longas e deixar a filhinha pequena deve ser separação sempre doída. E embora tenhamos presenciado uma relação igualitária entre homens e mulheres da Marinha nas atividades de que participamos e verificado que mulheres chegam a ocupar postos mais elevados, fato é que elas ainda não podem desempenhar qualquer tipo de atividade na Marinha. Por exemplo, as mulheres não podem embarcar. Assim, geralmente atuam em atividades mais administrativas, como muitas das que caracterizam a Secirm.

 

Comandante Lúcio

Comandante Lúcio explicando para a Tamara o percurso que faríamos até a Marambaia no primeiro dia do treinamento pré-antártico.

Comandante Lúcio explicando para a Tamara o percurso até a Marambaia no primeiro dia do treinamento pré-antártico.

Marco Vinícius Lúcio, o comandante Lúcio, acompanhou nossos treinamentos no CADIM durante a presença da equipe do Fantástico por lá. Ele atua na área de comunicação social da Marinha e então foi designado para dar apoio ao trabalho jornalístico.

Durante a ida à Marambaia, contou-nos que já esteve diversas vezes por lá e usou o mapa da embarcação para explicar o trajeto que faríamos até lá e para indicar que a Marambaia não é propriamente uma ilha.

Depois, não lembro bem como a conversa chegou nisso, acabou contando de sua experiência de escrever livros infanto-juvenis. Um de seus livros, o “Cisne Branco”, é sobre a Marinha, mas há outros já publicados, como o “As horas”, que ensina a ler as horas em relógio analógico, e o “Contando o hino”, que explica estrofe por estrofe o significado dos versos do hino nacional. Foi muito interessante acompanhar sua explicação sobre como teve as ideias para os livros a partir de conversas com seus próprios filhos!

Autor: trnahas

Tatiana Nahas é bióloga com mestrado em Neurociências e especialização em Divulgação Científica. Seu interesse é a comunicação da ciência, tanto por meio do ensino, quanto via divulgação da ciência.

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