rumo à Antártica

Vencedoras do concurso "O Brasil na Antártica" relatam suas experiências na viagem rumo à Antártica.


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nas asas de Hércules

Saímos do CEFAN por volta das 6h30 em direção à Base Aérea do Galeão para embarcar no sétimo voo da Operação XXXII do Proantar. Após o briefing do comando da operação, tanto por parte do Proantar quanto por parte da aeronave, o grupo vencedor do concurso fez uma singela homenagem à Tamara pelo seu aniversário. A equipe do Fantástico já estava lá registrando tudo e eu acabei tendo que improvisar um pequeno discurso pré-parabéns. Acho que a Tamara gostou da surpresa. Esse foi seu primeiro aniversário longe da família e separada de sua irmã gêmea Laura, mas sem dúvida será inesquecível.

Por fim, embarcamos no tão falado Hércules. As aeronaves C-130 – Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), apoiam o Proantar transportando equipamentos e pessoal. Desde 2008, são dez voos anuais para a Antártica, sete no verão e três no inverno. O avião de carga é enorme! Possui quatro motores, mas é capaz de operar somente com dois em caso de pane. E pudemos conhecer também a minúcia da FAB, que só voa com 100% de ok. Explico: se houver pequeno problema em uma aeronave comercial que não inviabilize a segurança do voo, ela acaba seguindo viagem. Mas um avião da FAB só voa quando estiver com tudo absolutamente perfeito. Daí o pequeno atraso no nosso voo.

Primeiro embarcamos e ficamos tirando muitas fotos, impressionados com a estrutura interna da aeronave, com a disposição dos assentos, com o ruído intenso das turbinas que exige o uso do protetor auricular que nos entregam e tudo o mais que difere muito de um avião comercial.

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mosaico

Logo tivemos que desembarcar por conta de um problema no sensor de combustível. A espera do reparo foi compensada com um interessante bate papo com o Almirante Zamith e o Brigadeiro Izmailov sobre navegadores que já se aventuraram em mares adversos. Isso certamente renderá um capítulo na série “personagens” que logo iniciaremos aqui no blog.

Após o segundo embarque, novo desembarque. Dessa vez foi detectado um problema hidráulico e o reparo tomou um pouco mais de tempo. Mas o Brigadeiro Izmailov garantiu que o aproveitássemos muito bem: nos levou até ao Parque de Material Aeronáutico do Galeão (PAMA) e pudemos acompanhar parte dos consertos das aeronaves, bem como conhecer diferentes tipos. Vimos um caça AMX, um Hércules “descascado”, como dizem, e um P3, que é uma aeronave usada em atividades de busca e salvamento.

O terceiro embarque enfim nos propiciou o voo nas asas de Hércules. E o comando da aeronave não nos deixou passar vontade: pudemos visitar a cabine em pleno voo e a Tamara até bancou a co-pilota segurando o manche por alguns instantes. Gravei um pouco mais pra registro do momento, porque a Tamara pilota um Hércules melhor do que eu piloto uma câmera de vídeo… De qualquer forma, foi muito bacana  – pena que a foto não dá bem a dimensão do que vimos por conta da claridade.

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Na chegada em Pelotas, provamos as roupas de frio extremo que utilizaremos na Antártica provenientes da Esantar-Rio Grande e já deixamos toda a bagagem separada no Hércules. Daí seguimos para uma churrascaria para honrar o espírito gaúcho e agora pernoitaremos. Amanhã seguiremos viagem, novamente nas asas de Hércules, para o Chile, já bem pertinho do tão esperado continente gelado!

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Parabéns, Tamara!